sábado, 8 de março de 2014

HOMENAGEM AO NOSSO DIA

 Num mundo onde a materialidade é tão valorizada, o dia 8 de março é um dia de suma importância, não para valorizar a mulher somente, mas todo "feminino" tão esquecido em todos os humanos.
   Homenagear a presença da emotividade, espiritualidade, da amorosidade, do acolhimento carinhoso, do cuidado com o próximo tão esquecidos num mundo onde cada vez mais, a luta pela sobrevivência se faz imperiosa, a competitividade, a razão, o poder de comando e outros fatores de nossa personalidade presentes no "masculino".
   Fomos educados de maneira que os homens sejam "masculinos" e as mulheres sejam "femininas" e esse pensamento, a meu ver, é a origem de todos os desequilíbrios sociais e psíquicos. Os homens e mulheres mais equilibrados que conheço tem ambos "masculino e feminino" bem posicionados em suas atitudes e escolhas ou seja, razão e emoção agindo de comum acordo em seu dia a dia.
   Como já dizia Pepeu Gomes "Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino", ambos não precisam competir e sim se completar. Afinal "Se Deus é menina e menino, somos todos masculinos e femininos".

   Feliz dia do "feminino" para todos.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

O JACARÉ E O ESCORPIÃO

Ainda refletindo sobre o texto anterior sobre as trocas, me lembrei de uma fábula em que o escorpião precisava passar para o outro lado da margem do rio e pede ajuda para o jacaré para o levar. O jacaré muito solícito, pede para que o escorpião suba em cima dele e pacientemente o leva para a outra margem, mas chegando lá, o escorpião lhe dá uma picada muito doída. Quando o jacaré pergunta por que, o escorpião lhe pede desculpas, mas diz que isso é da sua natureza e ele não pode mudar, seguindo o seu caminho.
Se nos colocarmos no lugar do jacaré, mesmo sentindo a sua decepção, concordamos que ele não pode reclamar, por que sempre soube que estava ajudando um escorpião e o risco de ser picado sempre iria existir, mas não deixamos de nos sentir injustiçados, afinal demos o nosso melhor e recebemos algo ruim. Mas era o que o escorpião podia dar e cada um dá o que tem.
Ir de uma margem a outra é algo que fazemos cotidianamente e é muito bom. Fica melhor ainda quando temos companhia e ainda por cima ajudamos alguém com dificuldades nisso, mas sei de muitas pessoas, e me incluo muito nisso, que estão fartas levar picadas doídas. Será que a vida só se resume em encontrar escorpiões? Por que, se for assim, melhor fazer esse trajeto sozinha mesmo. A companhia não vale o final de viagem, quando sempre nos magoamos no final (pior, sem direito a reclamação, uma vez que sabíamos dos riscos).

Tenho que continuar acreditando que deve existir nesse rio, outro jacaré que simplesmente queria nadar ao nosso lado pelo simples prazer de nadar, sem que precisemos levar ninguém nas costas e muito menos levar picadas dolorosas.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O EQUILÍBRIO DAS TROCAS
O equilíbrio do universo é regido por relações de trocas. Isso acontece nas órbitas dos planetas, no movimento das estrelas, no trabalho das formigas, no equilíbrio da cadeia alimentar dos animais e nos relacionamentos humanos, sejam pessoais, amorosos, profissionais, familiares.
Mesmo nos amores mais desinteressados, existem trocas envolvidas. Damos o que temos e recebemos o que o outro possui, tanto para o melhor, quanto para o pior. Sendo a troca uma lei universal, damos todo o tempo, mas a volta é certeza absoluta. É portanto, hora de deixar de reclamar pelo que temos recebido e começarmos a perceber no que temos dado, inclusive escolher melhor com quem estamos trocando. Se o universo é troca e estamos dando nosso melhor pra quem só tem o pior, vamos receber o que o outro tem pra dar, mesmo que, a nosso ver, essa troca não esteja sendo “justa”.
Não é verdade que os opostos se atraem como diziam nossos avós. Nessa lei, são os semelhantes que se atraem, pois essa troca tende a ser justa (por mais que nosso orgulho diga que demos mais que recebemos). Um oposto pode ser bem instigante no início de um relacionamento, mas com certeza vai trazer dissabores no futuro, pela diferença na qualidade da troca energética que está sendo praticada.
Vamos estar atentos à nossa carência, nosso medo da solidão que nos impele a nos relacionarmos com alguém sem nem ao menos observarmos melhor o que ele ou ela tem a nos oferecer em troca, ou mesmo prestarmos atenção ao que estamos dispostos a doar pra não vivermos reclamando no futuro da ingratidão dessa pessoa a quem nos doamos e recebemos mentiras e traições.
Confiemos no universo que vai colocar no nosso caminho, indivíduos com energias semelhantes para que assim, possamos atuar de acordo com essa lei de equilíbrio e deixarmos de sofrer tanto por trocas que deveriam ser tão simples quanto o universo ao qual pertencemos.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA OPINIÃO DOS OUTROS

Vivemos numa sociedade e para tanto precisamos nos adequar a algumas regras que são importantes para que o nosso convívio seja pacífico como: não agredir, ser gentil, educado, não andar pelado nas ruas, entre tantas outras.
Para sermos aceitos em nossos grupos sociais, precisamos nos assemelhar aos demais membros. Ao descobrir isso, na adolescência, usamos e abusamos dos jeans, saias curtas ou longas ou conforme manda a moda local e da época em que vivemos. Além disso, temos que ter o mesmo palavriado, mesma forma de agir sob pena de sermos excluídos do grupo almejado.
Precisamos ser chamados de “normais” e tudo o que é “anormal” é automaticamente exposto a apelidos chatos, sendo excrachados publicamente o chamado buling nos nossos tempos, mas que são realmente tão antigos quanto as convivências sociais.
Com a finalidade de escapar desse quadro triste e da solidão indesejada como seres sociais que somos, vamos adquirindo características que muitas vezes não nos pertencem, mudando nossos gostos, nossas tendências, renunciando a sonhos que seriam ridicularizados se “nossos amigos” tivessem conhecimento deles.
Para nos adaptarmos a essa sociedade nem sempre saudável, adquirimos uma outra doença chamada de “normose”, proveniente do fato de passarmos por cima de nós mesmos para sermos considerados “normais”. Esquecemo-nos de quem realmente somos para adquirir a aprovação dos outros, gerando muitos desequilíbrios psicológicos e até mesmo físicos que tem como consequência direta, a infelicidade. Pior que muitas vezes, nem sabemos realmente por que somos infelizes e nos sentimos tão sós, mesmo estando acompanhados de várias pessoas.
Quando nos esvaziamos de nós mesmos, geramos carências de difícil identidade, ou seja, temos fome de algo que nem sempre sabemos do que. Vamos esmiunçá-las e falar sobre isso nos textos seguintes.
Por enquanto, o ideal é nos olharmos com honestidade, nos conhecermos como verdadeiramente somos, recuperar nossas características originais e procurarmos conviver com pessoas que realmente nos amem e admirem pelo que somos, pelo que podemos dar. Façamos de nossas vidas algo mais verdadeiro, mesmo que isso nos custe a popularidade que no fundo só nos levam a mais solidão, tristezas e desequilíbrios.

Ou seja, sejamos nós mesmos, sejamos felizes...

domingo, 5 de outubro de 2008

Sobre a Liberdade

A liberdade incomoda os não livres.
O livre não tem medo, portanto não corresponde aos padrões, não responde como os outros às mesmas perguntas.
Mas é extremamente inseguro e só.
Tem insônia, ansiedade e não sente retorno em nada do que faz.
Não se encaixa no mundo comum, família, igreja, emprego regular ou qualquer entidade que restrinja sua liberdade.
Todos querem se libertar e se auto gerir, mas liberdade demais sem razão e consciência, pode gerar auto destruição.
O livre não é feliz, mas nunca vai ser feliz se não for livre.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Presente das minhas filhotas:

"É uma menina, Nei"!!!
"Ainda bem por que se fosse homem eu afogava..."
Ela nasceu, apareceu. E já sorria como quem não tem vergolha disso.
Chorou pelos muitos olhos e bracinhos arrancados a sangue frio de suas bonecas. Cresceu e...
"A Rosane ficou mocinhaaa!"... é... mais um menos isso...
Aventurou-se: "Como assim projeto Rondon? A Rosane se metendo com aqueles notistas?"
Pois é: jovem, sem medo, aprendendo a ensinar e aprendendo com os outros.
Chorou depois de muitos: "ô Rosane você quer ser freira? Não senhor, quero me casar."
Sonhou, amor, casamento, duas meninas lindas... e aconteceu.
Desfilou como rainha durante os dois períodos de nove meses (ou 10, 11...)
"Vai ser macho do saco roxo!", humm não foi dessa vez, Seu Nilton. E nem da próxima.
Ela já sabia disso ao comprar o enxoval todo cor de rosa, só de sentir que estava grávida (e ainda bem que estava certa quanto a isso)
Desta vez nasceu sua cópia: a criança sorridente e serena, pra compensar as noites em claro passadas com sua pequena capeta dos olhos azuis.
"xu xu xu, xá xá xá". Aproveitou cada momento das crianças, revezando entre ser mãe e voltar a ser criança outra vez. Difícil saber qual das três se divertiu mais.
E "meninas, não façam para o outro aquilo que não quer que o outro faça pra você" passou a ser o mantra de toda noite.
Preocupou-se com a amizade entre suas duas filhas e em ser a melhor amiga delas.
Amava tanto as crianças que abriu sua própria creche: "Nascer do Sol". Mais um sonho realizado e inúmeras experiências acumuladas. Só ela sabe...
Amou (acima de quase tudo) cada pedaço dessas praias, de Santos à Fortaleza, mas sempre soube qual o seu canto no mundo: a ilha que pra ela é o topo do mundo. E uma oração ela sempre faz em todas as manhãs que pode estar ali, no seu lugar sagrado.
Sofreu: "até quando você vai aguentar isso, mãe?"
Aprendeu, cresceu, mudou e se mudou. Não para onde seu coração queria, mas para onde a vida e suas filhas quiseram.
Buscou na música uma vida e encontrou: "Realize seu sonho! aprenda violão popular com Rosane! 3227.4395 (qual era o número mesmo?)"
Ensinou, tocou e encantou. Se dedicou muito, mesmo que alguns preferissem não reconhecer como tal. Mas ainda assim persistia. Feliz, mas sentindo-se incompleta, procurando sua verdadeira vocação.
Sorocaba não foi das mais receptivas, é verdade. Mas ainda assim conquistou seu espaço. "Acho que a piscina era pra ficar um pouquinho maior, né?" mas era finlamente sua: a sua banheira, sua piscina, sua cozinha espaçosa como nunca (e com janela na frente da pia!). A sua casa, de portas abertas a todos os amigos (com visitas controladas aos sábados de Star Trek, é claro).
Se ainda não encontrou um só amor para a vida inteira, conquistou vários: Eliane, Ruth, Celinha, Filó, Anna, Tininha... sem contar com aqueles que nem sequer sabe o nome.
"Obrigada, D. Rosane!". "Mas não fui eu, foi a espiritualidade..."
São inúmeros os que foram marcados por um de seus sorrisos, uma palavra de amor ou uma piadinha que melhorou aquele dia interminável de trabalho (os porteiros do condomínio podem explicar isso melhor...)
Quase meio século de vida e a vontade de constantemente aprender não se saciou tão fácil: "Psicologia trans-o-que?"
Foi duro, mas chegou o diploma. Assim como algumas conversas que ninguém estava acostumado: "Mas gente, tem tudo a ver com o ego interior, o estado de consciência, a auto-estima! Não é óbvio?" "ok, mãe, claro que é..."
Voltou às raízes quando muitos nem se lembravam do que foi um dia morar com seus pais. Não hesitou, nem hesita em abrir mão de suas regalias para ajudar na necessidade do próximo. o mantra de toda noite, se valeu pra ela também.
As "crianças" também saíram de casa, afinal. E que síndrome de ninho vazio? É volei, é aula, é consulta, é centro, é caminhada, leva em médico, pega em médico, paga conta, viajar...
Ah, viajar! Mas será possível que a alguns meses de fechar os 50, a vida ainda arranja umas boas surpresas por aí? New York, o sonho Sex and the city! Miami, Disney! reencontrando amores para a vida toda e ainda com a chance de passar sua palavra de amor para outro canto do mundo.
É mãe, acho que a vida não saiu exatamente como você esperava, ou tentava prever. Mas até que ela te rendeu "algumas" boas histórias pra contar, não? A gente vê a nossa própria história de forma que nos soa melhor e é assim que a gente vê a sua: muita experiência, muita luta e muita alegria que com certeza você teve, fez e mereceu.
E se até os 50 foi assim, imagine o que mais 50 podem estar guardando pra vc? Um grande amor, uma cassa em Santos, muitos netinhos... e nem é muito por carma ou toda essa lógica de merecimento não, viu? É por que o mundo precisa de pessoas como você, mãe. Nós precisamos de você. Assim, com esse amor incondicional "a vida e com toda essa vontade de espalhá-lo por onde passar, inclusive em cada um de nós.
E pode ter certeza que, da gente, invariavelmente, esse amor você vai receber de volta. SEMPRE.

Parabéns, mãe! Que venham mais 50 e muito mais boas surpresas para sua vida!
Nunca deixe de sonhar e de ser a pessoa linda (por dentro e por fora) que vc é.
Te amamos muito!
Anelise e Grazielle
22.09.2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A PRESENÇA DE DEUS EM NÓS

· A Vida que vive em mim é uma individuação da Vida Universal
· A Vida Universal está presente como vida individual em toda a criação desde a pedra e em cada um de nós.
· A Essência Universal está presente como existência individual
· A Consciência Universal está presente como consciência individual
· EU SOU DEUS FEITO INDIVÍDUO
· Eu sou Deus como essência mas não sou Deus como existência
· A existência está vinculada à queda e ao egoísmo
· Conscientizar = EU (existência) E O PAI (essência) SOMOS UM (unidade)
· Somos livres para conduzirmos nossa existência
· Temos que conscientizar nossa existência com o fim de harmonizá-la com a nossa essência
· O que varia entre o céu e o inferno é a consciência da presença de Deus e o Seu Amor e não a presença do Seu Amor = PERCEPÇÃO DA PRESENÇA.
· Não basta dizer: Deus está presente, é preciso Perceber essa presença e assim parar de sofrer
· Precisamos ouvir a voz interior sobre cada aspecto da vida para dar um direcionamento claro à nossa existência
· Quando se é cego, devemos agarrar no braço de quem enxerga
· Tudo é fé, a serviço da percepção dessa Presença, compreender sua Vontade, entregar-se a ela = FELICIDADE (única necessidade real que precisamos para sermos felizes)
· Percepção = Alegria
· Caminho:
1. Compreensão (mentalidade iluminada = estudar por que sabe por que se está estudando)
2. Percepção (evoluído sensibilizado = deixar-se invadir pela percepção de realidade do bem)
· A Evolução não acrescenta nada ao que já é completo e perfeito. Ela muda a nossa relação com essa obra perfeita.
· Ser consciente é ser PARTÍCIPE (participar de algo que já está imanente)
· A Fonte é Tudo
· Entregarmo-nos a ela é Tudo (independente do grau de conhecimento)
· Confiança + Aceitação = MILAGRE
· Mudança: pensar e agir
· Iluminação, Evolução = experiência de atitude de entrega.

Anotações feitas por mim sobre a palestra de Giovane Caixeta durante o congresso de Pietro Ubaldi realizado em Campos de Goytacazes em 16.08.08